sexta-feira, 27 de julho de 2012

ETAPA UM -Veja lá como fala... E como faz!

Material impresso como recurso educacional: isso é história?


As práticas seculares de ouvir e contar histórias fazem parte das
razões pelas quais os materiais impressos exercem um importante
papel na Educação a Distância. Além de serem bastante familiares,
compreendidos e aceitos pelos leitores, a utilização desses materiais
está associada a vantagens, tais como a flexibilidade de estudo no
tempo e no espaço, as diferentes rotas de navegação decorrentes
de uma arquitetura de informação bem articulada, sua adequação
para a oferta de grandes quantidades de conteúdo e, especialmente,
seu incomparável potencial de inclusão social. Limitações como a
impossibilidade de representação de movimento e a menor interação
entre pares devem ser consideradas quando da elaboração de aulas
voltadas para a mídia impressa. Restrições relativas à baixa capacidade
leitora e ao hábito associado à informação visual são questões de
relevância primordial ao se considerar, especificamente, a educação
a distância. Nesse sentido, elementos imagéticos podem contribuir
bastante para maior eficácia na aprendizagem, especialmente se
utilizados de acordo com as especificidades de cada área ou disciplina
a que se destinem.

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Desenho instrucional
em materiais
didáticos impressos
– uma boa idéia!

Desenho Instrucional é o desenvolvimento sistemático de materiais
e processos educativos visando à alta qualidade da aprendizagem.
No que se refere à Educação, o desenho instrucional é um processo que
ocorre em vários níveis, desde a análise das demandas de aprendizagem
em um determinado contexto educacional até a elaboração de uma
aula, todos evidenciando e repetindo um mesmo objetivo: a busca
por melhor ensino e melhor aprendizagem. Uma das limitações de
materiais textuais é a menor possibilidade de interação que oferece.
Estratégias que favorecem a interação em materiais impressos
consistem, em grande medida, na formalização e codificação de
informações normalmente comunicadas de outras maneiras a um
estudante típico, em uma sala de aula presencial. Esclarecer metas
e critérios de avaliação, usar de exemplos e analogias, incentivar o
processamento e a aplicação dos conhecimentos são algumas dessas
estratégias. O tipo de linguagem utilizada em materiais impressos para
a Educação a Distância tem importância decisiva e pode favorecer ao
aluno a interatividade, o envolvimento e a provocação.

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Linguagem:
significado e
funções

Língua é o sistema de comunicação e expressão de um povo,
nação, país, etc., que permite a expressão e comunicação de
pensamentos, desejos, emoções. A linguagem é qualquer conjunto de
símbolos usados para codificar ou decodificar dados, qualquer sistema
de sinais ou signos, através dos quais dois ou mais seres se comunicam
entre si para transmitir e receber informações, avisos, expressões
de emoção ou sentimento. Embora seja possível representar idéias
usando as linguagens numérica, matemática e musical, dentre
outras, tais representações dependeram de intensas discussões, que
se deram presencialmente ou a distância, e que passaram pelo uso
da língua, falada ou escrita. O material impresso voltado para EAD,
em qualquer área de saber, depende, para sua eficácia, de o professor
conseguir produzir um texto com elementos fundamentais para a boa
comunicação escrita. Quem escreve aulas para EAD deve compreender
e privilegiar cinco elementos durante a redação do material didático:
um texto claro, em que o tema e as informações importantes
sejam tratados com precisão; um texto que procure ser rápidona
comunicação do conteúdo; um texto consistente, e que ofereça,
sempre que possível, conexões com outros textos, outras mídias,
outras situações de forma a favorecer, a subsidiar a imaginação/
abstração do aluno. Essa multiplicidade é essencial para a criação de
um texto dialógico, ou seja, que traz pistas de outros textos, diferentes
pontos de vista, e desdobramentos diversos. A produção de uma aula
impressa para EAD envolve selecionar os itens de interesse para o
tema em questão e, em seguida, combiná-los de forma a provocar
um efeito de sedução/convencimento que leve o aluno a aprender a
partir do que foi escrito. Após uma primeira seleção e combinação de
conteúdos, é fundamental a avaliação de acordo com os elementos
mencionados acima e sua reescrita, quando percebermos que o texto
produzido não atende às expectativas de um bom processo de ensino
e aprendizagem.

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O uso da linguagem.
Por que tanta
preocupação e tanto
cuidado?

Ao escrever a sua aula para EAD, faça uso da linguagem em tom
dialógico. Ponha-se no lugar do aluno. Não é mais agradável,
ao estudar uma aula, ler um texto que conversa com você? Fuja das
generalizações e das expressões vagas; use pronomes pessoais e frases
retóricas.
Tanto quanto possível, use palavras curtas, orações pequenas, períodos
curtos, parágrafos pequenos. Evite as duplas negativas. Prefira um
vocabulário familiar ao aluno. Opte pelos verbos ativos, pela ordem
direta, cuidando da ordenação de vocábulos. Ao mencionar temos
técnicos ou científicos, apresente-os aos poucos. De preferência, fuja
deles se puder.
A linguagem clara, objetiva, direta, amigável, simples e enxuta numa aula
faz com que o aluno a “ouça” e o estimula — ele ficará na boa expectativa
de “ouvir” a próxima.

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